Continuo arrasando no whatsup. No mau sentido, claro. Outro dia minha filha liga: "Mãe, (rindo), para de postar bobagem no grupo! Tá todo mundo falando..." Como sempre, meu celular estava no mudo e eu não ouvi os milhares de plim de familiares me xingando, me zoando e pedindo pra parar. Eu mandei uma lista interminável de letras soltas e desconexas. No dia seguinte, uma gafe meio pornográfica. No grupo da outra família, minha sobrinha avisa que suas gêmeas receberam alta. Eu logo respondo, de dentro do ônibus: "Que maravilha! Aproveito para dar"). Foi assim mesmo, antes de eu conseguir escrever "os parabéns" porque o ônibus deu alquele solavanco, que me fez apertar o "enviar". Ficou uma situação meio estranha. Que depravada, devem ter pensado. Terminando a lista (por hoje), fecho com mais uma. Comentei durante uma festinha que fiquei com muita pena da minha amiga, que pegou um úber e o carro bateu no muro de uma escola... Daí minha filha disse: "Mãe! Isto é uma piada!" E eu... "Não. É verdade. O cara tava desempregado e foi ser úber. Trabalhava numa funerária..." Minha filha foi me contando tudo igual e aí percebi a mancada. Passei a ser o divertimento da festa. A mensagem diz "Ontem peguei um úber, coloquei a mão no ombro do motorista para avisar o caminho, daí ele levou um susto, bateu no muro de uma escola. Ele pediu desculpas, disse que antes trabalhava dirigindo o carro da funerária." KKKK! Entendeu? Ainda bem, porque a tonta aqui respondeu lá no grupo: "Nossa, Márcia! Ainda bem que não te aconteceu nada."
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
sexta-feira, 8 de julho de 2016
Banheiro
Se
tem uma coisa que adoro, antes de uma viagem, é escolher os hotéis na internet.
E eu desenvolvi técnicas, me acho uma esperta nesse assunto. Nestas férias, com
a correria de sempre, meu marido foi mais ágil que eu. Acabei dividindo a
função com ele... O fato é que a coisa foi feita meio a meio... e meio
bagunçada. Hora de embarcar e zupt. Nem conferi a papelada. Num certo momento,
numa cidade completamente lotada com jogo da Eurocopa, Festa da Música e o
escambau... demos de cara com uma porta fechada. Um calor de 36 graus. Malas,
ruelas velhas de paralelepípedos... nós carregando bagagem de lá pra cá, tombando,
suando, procurando um outro lugar porque aquele tinha mandado algum email,
pedindo sei lá que confirmação que ninguém viu, ninguém sabe etc etc... O
detalhe é que minha mala, apelidada carinhosamente de “mochilão”, fica batendo na
minha perna. Mas sou sabida e já levo Hirodoid para o roxo.
Nessas,
fiquei num ponto, esperando que o Fê encontrasse algum albergue, como no filme “À
procura da felicidade”, aquele do Will Smith. De repente, com a cabeça quente
de sol (e um certo desespero), vejo meu marido no celular. Era o Booking
perguntando se a gente não ia aparecer num OUTRO hotel (porque tínhamos
reservado DOIS, minha gente. Coisas assim acontecem conosco! Ahahah).
Passado
este episódio, eu lá me vangloriando do meu talento em reservas blablabla.
Corta
para a próxima cidade... nós no balcão de recepção e o dono diz: “Sem café da
manhã, banheiro compartilhado entre três quartos.” Hein? Como assim? Três quartos? Banheiro compartilhado? Sem
café? Acho que entendi mal. Não. Era exatamente isso que estava escrito na
reserva. Quem fez esta reserva? Eu. Gostoso. Você acorda no meio da noite com
vontade de fazer xixi e precisa vestir a roupa toda! E rezar pra não ter
ninguém lá que veja sua cara amassada, cabelo amassado, tudo amassado, aliás e...
bom, nem preciso explicar, né? Isso calou minha boca e acabou de vez com a
minha reputação. Mas, graças ao bom Deus, não encontrei uma só pessoa
desconhecida no tal do banheiro!
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Corrupção com cartão
Olha que coisa bizarra. Pode perguntar aqui em casa, se achar que inventei esta. O pessoal do DER deve estar rindo até agora. Minha cara de boba lá afixada no mural e o povo tomando cafezinho, rindo, rindo...
Ou
não.
Pode
estar quase chegando aqui em casa o camburão amarelo pra me prender. Só se fala
em corrupção e aí eu é que me estrepo.
Resumindo,
curto e grosso. Ia eu ao correio postar a tal da indicação do condutor (de uma
multa cometida) para o DER. Lembro até de cor: “Avenida do Estado, 707”. Mas
antes eu precisava passar na copiadora, tirar cópia da carta. Depois ia ao
banco. (Sou velha. Ainda faço isso.) Não queria empacar na porta giratória nem
ter de tirar a roupa lá. Então tive a ideia genial. Coloco tudo dentro do
envelope da postagem, mesmo o cartão do banco. Lóóógico que você já sabe o que
acontece no final (sou uma pessoa previsível). Eu também sabia. Mas, novamente,
eu me superestimei. Adeus, cartão. Até agora fico imaginando o que os caras
pensaram. Provocação? Suborno? Totalmente Maluca?
E
então, amigos e amigas. Alguém aí já fez isso? Agora eu quero ver. Ando me
superando.
Para
os incrédulos, vai a foto da carta que chegou aqui em casa, 40 dias depois. Os
caras são rapidinhos, hein?
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Golpe de mestre
Estava
eu absorta (falei bonito, hein?) aqui neste computador quando, de repente, toca
o celular:
-
Mãe, mãe (chorando desesperada), me roubaram tudo, tuuuudo!
Fiquei
passada! Tremi de cima a baixo!
-
Calma, Mari. Fica calma! Você está bem? Me conta como foi...
-
Ai, mãeeee (chorando, chorando)... fala aqui com o cara...
Veio
o tal do cara com uma voz estranha, balbuciou qualquer coisa que não entendi
patavina e desligou.
Tremendo,
eu fui tentar retornar a ligação e pá. Não dava. O número desconhecido ficou
apagado, meio cinza.
“Claaaaro!
É um bandido também! Levou minha filhota.
Meu
Deus! Meu Deus! Eles pegaram minha filha. Que inocente, coitada! Foi emprestar justo
o celular de um bandido da quadrilha. Que inocência! Que inocência!”
Rapidamente,
guguei o fone da escola de fotografia onde ela estaria. Liguei imediatamente:
-
Alô.
-
Alô! Moça, pelamordedeus, vai lá fora que minha filha foi assaltada. Está com
os bandidos aí na porta. Vai ver! Rápido!
(pausa
para vergonha)
Então
a coitada tentou dizer que a Mari estava na aula e eu:
-
Não! Ela não tá na aula! Tá com os bandidos! Lá fora! Vai logo, moça! Por
favor!
(vergonha
dupla)
Depois
de ligar para a escola, liguei para o marido para informar a calamidade. Ele
disse: “Calma. Deve ser trote. Me passa o fone da escola...”
-
Não foi trote! Não foi trote! Era ela! Era ela!
Dali
a pouco toca o celular. Vejo na tela: “Mari”. A menina rindo.
-
Que foi, mãe? Eu tô aqui na aula...
(pausa
para um misto de alívio com a sensação de ser uma ameba).
Genteeee,
todo mundo conhece este golpe! To-do mun-do co-nhe-ce! Eu também conheço este
golpe! A Natália disse que ele foi inventado junto com o celular baby.
Ahahahah!
Mas
eu caí feito uma pata choca. Pata. Choca.
E
o pior: ainda achei que a Mari é que tivesse sido a inocente, emprestando o
celular do bandido da quadrilha...
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Pontualidade
Então,
gente. Talvez eu não esteja por aqui no ano que vem. Mil desculpas. É que fui
convidada pela Sorbone e também Harvard para ministrar um curso especial.
Trata-se de uma cadeira nova, novíssima. Vai chamar mais ou menos assim:
“Pontualidade: como destrui-la.”
Na
verdade será um desafio. É muito difícil ensinar a alguém como se atrasar. Isto
é um talento, um dom. A gente já nasce com ele. Mas, depois de filosofar a
respeito (além da prática constante, óbvio), bolei uma teoria. Acho que alunos
esforçados conseguirão algum resultado. Adianto aqui algumas informações
básicas para os caras pontuais.
Se
você é um, não perca as esperanças. Vejamos:
1)
Calcule suas tarefas (quanto mais, melhor), sem nunca considerar telefonemas,
interfones, outros seres humanos que falam com você. Desconsidere também xixi,
número 2, queda de internet etc etc
2)
Imagine, sempre, que o percurso terá apenas semáforos verdes. Que não haverá
aquela kombi enguiçada, um motorista que para na sua frente para perguntar onde
fica a rua tal...
Caso
ande de ônibus, pense que ele estará plantado no ponto, esperando por você.
3)
Faça tudo que tiver que fazer antes de se arrumar e pegar os ítens necessários
(que você imagina saber onde estão), para o compromisso. Atenção: deixe os
últimos 10 minutos para isso. Ou pode arruinar o objetivo.
4)
Dica importante: Fure a agenda e decida inserir um item inesperado: telefonema
para um velho amigo, arrumação de gaveta (isto é ótimo!), compras de
supermercado. Pense assim: “Ah, detesto tanto planejamento.”
5)
Repita para você mesmo, em voz alta: nada começa na hora, nada começa na hora,
nada começa na hora...
Bom,
gente, não posso entregar de bandeja o curso inteiro aqui. É caro. Mas, se você
treinar firme estas cinco lições, conseguirá algum avanço (atraso).
Boa
sorte!
Boa
sexta!
quarta-feira, 2 de março de 2016
Por que escrever?
Muito
bem. Já deu pra perceber que eu gosto de contar histórias. Mas poderia muito
bem falar delas para os amigos e parentes. Por que escrevê-las, se gosto tanto
de conversar? A resposta é muito simples. Aqui, ninguém me interrompe. Não passa
avião. Não toca o telefone. Ninguém confere as mensagens de celular enquanto
você fala sozinho, no vácuo da tecnologia. Claro que você, leitor, pode largar
o texto aqui mesmo. Curtir na primeira linha e tchau. (Quem nunca?) Embrulhar
bananas com isto. Mas tudo bem. Consigo contar até o fim a história. Que
delícia! Na minha família, isso é coisa difícil. Todo mundo fala ao mesmo
tempo. Minha santa mãezinha, por exemplo, te pergunta duas coisas ao mesmo
tempo e, niqui você está tentando responder,... pá: a) ela emenda outra
pergunta; b) ela diz que você está meio pálida ou então “Que blusa linda. É
nova?” (foi ela mesma que deu); c) ela vai lavar a louça; d) ela tenta
adivinhar o resto da frase ... e) ela te oferece alguma comida ou bebida... f) todas
as anteriores.
De
qualquer forma, escrever é muito bom. Se você não gosta, eu entendo. Mas espero
que goste de ler. Um leitor é sempre alguém que te ouve. Deus te proteja. J
P.S. –
Devo confessar que já faço igualzinho minha mãe com minhas pobres filhas. Mas
elas são mais bravas. A Natália para de falar de repente e grita: “O que você
tá olhando meu cabelo, mãe? Você ouviu o que eu disse?” Glup! (Acho que é por
isso que ela escreve também...)
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