Outra
história baseada em fatos reais. A mocinha, recém-saída de um longo namoro de
sete anos, livre e solta na vida, conhece um rapaz bem gatinho e simpático numa
superfesta de Ano Novo, na praia, numa casa bacanuda. Tava tocando até “All
night long”, do Lionel Richie (Tá bom, a mocinha agora é meio velhusca.
Paciência.). Dias depois, já em São Paulo, vida normal, o rapaz liga e convida
a moça pra sair. Ela topa, toda contentinha. Na noite marcada, lá vão os dois a
um barzinho da rua Henrique Schaumann. Então ele pede um suco (o cara era
natureba, tipo saudável). Já a mocinha, totalmente imbecil, pede um daqueles
drinques bem coloridos, de copo alto. Um arco-íris molotov, digamos assim. Por
que será que ela fez uma coisa dessas? Ninguém nunca saberá. O fato é que,
depois de alguns goles azuis, verdes etc... as palavras começaram a sair
tortas, enroulaudaes... eusquiusitais... e nem dauva maeis pra counvearsar
nauda, coeisa neunhulma...
“Putz,
nãoum dá pra countroular está minha línguau maldiiita.”, pensou a desgraçada.
Então ficou muda. Totalmente muda. Ele também, claro. Não ia ficar perdendo
tempo com uma bêbada. Todo mundo sabe isso. Acabou o papo, acabou a noite,
acabou a história. Ele nunca mais telefonou. Ela nunca mais bebeu drinques
coloridos. E ponto final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário