sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Rindo à toa



Sua filha chega e diz pra você: “Mãe, uma amiga minha te viu lá na Feira Plana, no domingo.”  (Verdade, eu estava mesmo lá). Mas aí, continua... “Ela disse que você estava rindo sozinha.” Hein? Peraí. “Rindo sozinha?” Não me lembro de estar rindo. Oh, god! Mas então a coisa tá feia mesmo. Se alguém, por exemplo, disser que me viu revirando uma caçamba cheia de lixo na rua, aí tudo bem. (Mais ou menos tudo bem, na verdade. Não gosto que me vejam fazendo isso.) Revirar caçamba é algo que me lembro de ter feito, mesmo com pessoas me olhando esquisito. Mas não gostei nadinha deste negócio de rir sozinha. Isso é coisa de gente doida, sô. O fato é que agora fiquei cismada. Como comprovar isto? Pensei em algumas possibilidades:
1) Contratar um desses detetives particulares. Eu pediria que ele me seguisse e, caso eu desse alguma risada, ele me fotografaria. Pronto! Um flagrante. Como ele costuma fazer com maridos e mulheres que pulam a cerca. Mas aí pensei... não vai dar certo. Vou rir desta situação e ele levará meu dinheiro no mole. Além do mais, o cara pode achar que sou maluca.

2) Andar sempre com aqueles fones de ouvido que as pessoas usam pra falar no celular. Na verdade, isso ajudaria muito. Não consigo mais saber quem tá falando sozinho ou não, quando estou passeando na rua.

3) Não sair na rua.

4) Usar um saco de papel na cabeça, com furos para os olhos.

5) Tentar participar da tal Feira Plana (onde fui vista), que é uma feira independente de quadrinhos e outras publicações, onde um dos requisitos para entrar é ser meio fora da casinha, se é que me entende.

Bom, achei que o melhor mesmo é tentar a opção 5. Eu aviso aqui se der certo. Ou aqueles malucos lá são todos de araque.

Boa sexta!


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